E não é que o fim agora é recomeço. E não é que agora, com a força da palavra, é um tempo presente no que estou. Antes o futuro. Agora o hoje. E como sempre, o hoje recheado de amanhã. Os 3 fios de cabelo branco que me assustaram pela manhã são as provas reais de é preciso seguir e de que não há mais tempo pra voltar.
Entre verdades e lendas da minha volta, fica o grande questionamento, qual foi realmente a minha volta? Ainda não me sinto voltando a lugar algum. Sinto-me num lugar novo. Diferente. Repleto de coisas que conhecia de passagem mas que agora tenho tempo para conhecer como a palma da mão.
Pra falar a verdade nem a insônia me largou. Faz companhia nas noites frias. Desaparece nas quentes. Ainda que eu não saiba bem porque, tenho certeza de que essa não é uma volta. É um bem vindo mundo novo. Com velhos amigos mudados, com novos amigos iguais e repleto de histórias pra contar.
Cada vez que vou pra casa a noite, a única certeza que quero ter é que consegui fazer meu dia valer a pena. E tenho conseguido. Não há nada mais triste que olhar para trás e perceber que nada do que foi feito valeu a pena. E é por isso que luto. É por isso que não desisto nunca. Se não arriscasse, não seria eu. E aqui estou.
Hoje quando vejo um filme da minha vida, me coloco como protagonista. Da hora que acordo até vencer a insônia, quero ter certeza de que independente do que aconteça, ainda sou protagonista da minha própria história. E isto basta nesse momento para que tenha boa noite. Bom dia. E boa sorte. Afinal, é preciso vencer. É preciso lutar. É preciso dormir. Boa noite.