domingo, 22 de abril de 2012

Das mudanças que vão acontecer

Escrevo ouvindo Agridoce - Dançando

Hoje eu queria acordar mais tarde. Queria não precisar dormir cedo e tão pouco ter a necessidade de talvez não ser quem não sei se sou. Hoje quero comprar o jornal, quero ver o que há. Quero ter o tempo que preciso para pensar e refletir. Hoje eu preciso do dia pra mim. Hoje eu preciso me encontrar.
Talvez você não saiba o que é ser livre. Mas deve entender menos ainda como é se sentir preso. Por vezes, se está preso e nem se percebe. Eu percebo. Hoje é um dia diferente. Daqueles que acordo afim de mudar minha vida. Por vezes eu consigo. Na maioria me esforço. Hoje é um dia que eu preciso muito de mim.
Vou sair agora. Viajar. Fazer do trabalho um passeio. E do passeio um prazer. Como sempre é. Trabalhoso mesmo é tentar me entender. Trabalhoso mesmo é conseguir fazer valer a possibilidade de estragar a perfeição que há. Agora vou sair para o prazer do trabalho e da busca daquilo que sono. Bem vindo. Eu já estava de saída.

domingo, 5 de fevereiro de 2012


Sou de um tempo onde a gente se importava de mais com a opinião dos outros. Sou de uma época em que estar em um grupo, uma turma, fazia toda diferença. Mas para mim não. Nunca tive essa pretensão. Nunca tive esse sentimento. Sempre fui tranquilo ao extremo sendo minha própria turma. E hoje entendo porquê.
Sou de um tempo onde a moda eram os pais se separarem. E a moda da minha família era nunca ter paradeiro em lugar nenhum. Logo, criar uma turma nova se tornaria somente razão para sofrimento ao me mudar. E por isso alimentei poucas amizades nesses lugares. E talvez por isso tenha me criado tão sozinho, mesmo que cercado de gente.
Agora, depois de muito tempo morando sozinho, me torno de turmas. Amigos sempre tive. Melhores. Alguns longe, mesmo estando próximos e reciprocamente inverso em relação a outros. Mas nunca uma turma. Depois de 'voltar' para casa, tenho turmas. Mais de uma. Em mais de um lugar.
Sou de um tempo sozinho. Onde tão importante quanto a confiança nos outros era a confiar em mim. E preciso do tempo sozinho. Sou do tipo que não preciso explicar muita coisa. Nem sempre quero ser bem entendido. Talvez tenha turmas. Algumas com mais, outras com menos amigos. Mas turmas. Prontas para mais uma semana.