
Não sei quanto tempo eu aguentaria. Não sei, e nunca saberei mais. Metaforas são meu forte. Queria ser menos metafórico por vezes. Não consigo. Por isso esqueço que é preciso também falar. E acabo declarando pelas metaforas o que queria, de fato, dizer simplesmente, metaforas são meu forte, e como tal, deixam suas margens interpretativas.
Por isso hoje falo sobre concorrências. E também sobre licitações. Falarei sobre isso por uma razão muito simples. Cansei de leilões. Querer ser algo que nem sei se sou apenas para provarque realmente não sou o que eu sei que sou não faz mais parte do meu ser. Querer ser melhor, ah,isso nunca pararei de buscar. Mudar daquilo que de fato sou, isso não adianta.
Já vi camaleões mudarem e desvirarem-se em quatro ao deprazer do vento. Ser o mais santo dos pecadores me agradaria. Mas se quiser realmente isso, terei que lutar bravamente para que saber que a mudança que há de acontecer parte de mim. Tenho princípios. E tenho preceitos. E sei que não posso passar por cima de nenhum deles para nada. Mas também sei que não devo ser imutável e descrente nos princípios dos outros.
Não entro em leilões. Concorrência é parte natural da evolutiva escolha. Onde se analisa se é bom ou ruim. Se é aquilo realmente que se quer. E onde há de existir maturidade suficiente para entender se foi ou não apenas um momento. Concorremos todos os dias. Do nascer ao pôr-do-sol.
E entro em licitação para saber se é ou não momento. Se é algo? O que fica depois de uma licitação, seja a eterna admiração, tanto pela coragem de arriscar quanto pela coragem de escolher. Não entro em leilões, e nem brigas. Quero apenas saber, ainda dá tempo?
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