quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Das saudades recentes

Ouvindo Scracho - Canção pra te mostrar

E o dia segue. Tenho que acordar às 7, mesmo só levantando às 8. Tenho que sair do trabalho às 19, mesmo acabando às 18. Sigo tendo que botar óculos para os filmes legendados. Sigo ignorando os óculos para os dublados, mesmo precisando. Sigo com saudade do filho, mesmo conversando. Sigo aqui. Vivendo.

E assim haveria de ser. O mundo não parou. A vida não parou. A rotina antes descrita, não é a rotina de outrora. A temida rotina ainda não há. A inquietude sim. E das coisas que não faziam parte do meu cotidiano, tenho saudades recentes. Daquelas que se pega pensando o porquê foi tão rápido. Ou ainda, se ainda há possibilidade de ainda ser. Das novas rotinas, fica a dúvida do que foi e a incerteza se será.

Das coisas mais alucinantes. Nas ligações de olhos fechados. Aquelas que se bobear sentia o calor. Daquelas que a distância era só física. Daquelas que eram mais que um "boa noite". Das coisas mais simples. Do primeiro oi ao primeiro beijo. Mudou muito. Do primeiro beijo a saudade. Do toque. Foi um só?

Das saudades recentes creio que é a que mais vale a pena. A que mais pode ser. A que pode fazer feliz. A que eu queria fazer feliz. Hoje, já nem sei se quer mais. Hoje, nem sei como vai. E tenho até receio de perguntar. De certo mesmo, é que amanhã vou acordar às 7 pra levantar às 8...

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