sábado, 8 de outubro de 2011

Dos engarrafamentos

Ouvindo Amy Winehouse - Valerie

É quando se sai de casa que as coisas realmente acontecem. É quando se abre os olhos, que as coisas realmente realizam. E também, é só querendo ir a algum lugar que se encontra engarrafamento. E destes, o melhor que se tira é o tempo para pensar no que fica e onde se está indo. Dos engarrafamentos, esse talvez seja dos mais tranquilos.

O grande problema dos engarrafamentos é que eles nem sempre são somente no trânsito. Por vezes, são na vida. Tem sempre algo, alguém, uma razão verdadeira ou um motivo banal querendo interromper o curso normal que deve-se seguir. O problema mesmo não é ficar parado na estrada interrompida. Ruim mesmo é ficar parado em uma pista, atravancado enquanto todas as outras andam.

Não sei dirigir. Não tenho carteira. Não gosto de trânsito e muito menos de fila. Não sei bem porque, mas volta e meia me vejo irritado parado numa fila de horas no supermercado. Em banco então, nem se fala. Pra dizer a verdade, em alguns momentos, a fila é para mim a prova de que realmente minha paciência tem limite. E a minha se vai na hora que tenho que esperar.

Não sei se meu pensamento anda engarrafado. Se minha solução está na pista ao lado ou se realmente a estrada está parada. O negócio é não deixar no ponto morto. É seguir viagem. Fui e voltei. E não sei se realmente há algo ou se o medo de seguir me faz do puxador de uma fila que, por vezes, parece não ter fim.

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