quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Nasceu num abraço de mãe


Começou. E nem pareceu brincadeira. Não envelheci automaticamente e nem houve estalos, além dos foguetes. Por sinal, acho que descobri para que realmente servem os foguetes, para acordar o desavisado que começou. Na verdade, acho que se não fosse a televisão alta, até passaria desapercebido. Porém, começou.
Fecho o meus olhos agora numa forma espécie de oração. Não sei se realmente consigo me fazer entender nesse momento. Mas ainda assim tento me expressar. Em silêncio. Imóvel. De olhos fechados. Como uma oração realmente. Guardo o que ficou numa sacola ou tento fazer uma seleção do que realmente quero? Nem sei. Afinal, quase não percebo que mudou.
Dos meus olhos não caem uma lágrima mesmo em um dos momentos mais emocionantes. Não é falta de sensibilidade. É que não preciso. O que na verdade penso agora são nas pessoas. As que tenho, as que foram. As pessoas aliás, foram meu grande foco no que passou, e o grande motivo de não saber se trago ou se guardo na sacola. Ainda não consigo descartar pessoas. Por isso meu esforço para fugir do superficial.
Penso, penso, e é tanto barulho que quase não consigo pensar. o rádio, a televisão, os foguetes e a cadela latindo por causa deles. É muito barulho. Ainda assim, por instantes, consigo me abster de uma realidade que ainda tem medo de se ouvir, e me aproximo de mais de mim mesmo. Dos meus olhos não caem uma lágrima. Não precisam. Hoje, graças ao meu esforço do passado, consigo sentir a segurança de que estará sempre por perto no futuro. E seco suas lágrimas. Dos meus olhos não caem uma. Hoje sei o que sou. E por isso, aproveito tanto um abraço de mãe.

Deixo com o ano....



Hoje é o dia mundial das reflexões que não cumpriremos amanhã. Além de ser o dia da aguardada mega-sena da virada, é o dia em que prometemos que mudaremos tudo no próximo ano, mesmo tendo menos de 24 horas para isso. Hoje é o último dia do ano, mas poderiamos chamar também de 1º do ano que vem, afinal, quase ninguém para pra pensar o que foi o ano.
Bom, digo isso por uma razão bem lógica. Posso dizer que 2009 foi o ano realmente de grandes mudanças. Diferentes daquelas que planejei. Tão emocionante quanto. Mas completamente diferente. Isso por sinal, foi uma das grandes mudanças: Aprendi que não posso estar em todos os lugares em todo tempo. E aprendi que planejamento, no fundo, é um mero desejo que se não colocado em prática se torna lembrança.
Nesse ano, vi que bem mais importante que o resultado é o processo. Fechei os olhos para o agora e pensei só no depois. Me cansei do agora e cansei também. O depois se tornou uma relação muito feliz do jeito que tinha que ser. O bom é que consegui descobrir o quanto é divertido o hoje. 'Só por hoje' me fez ver isso. "Só por hoje" foi também o caminho que me levou de volta para casa.
Nesse ano, descobri que tão importante quanto o projeto é a consciência. Por isso, termino o ano de forma tão consciente pertinente as coisas da minha vida. Sem pressa. Afinal, o processo é tão legal quanto o resultado. E o caminho é a forma prática para quem não consegue aguardar o depois. Aguardo. Espero e desejo. Quero. 2010 que venha. 2009 já era. Assim como aquela piadinha: 'Só escreverei ano que vem!' Feliz ano novo!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Sobre abraços e sorrisos


Quando possível for, tente entender o sentido do meu abraço. Ele demonstra algo muito maior do que qualquer sorriso. Afinal, é a forma mais simples de cotato entre o coração, a alma e o corpo. Quando for possível, preste atenção no olhar, ele é a forma mais clara de que temos o poder de chegar mais perto do que realmente alguém sente ou pensa sem dizer uma palavra.
Quando achar necessário, procure um abraço, mas tente enxergar realmente o que ele quer dizer. O toque dos olhos e o toque nas mãos. Mãos. Essas, outrora, podem lhe dizer muito sobre o que realmente existe dentro do peito. Afinal, mãos que sabem fazer carinhos devem saber realmente como acariciar o coração.
Sim, eu sei. Existem várias outras coisas que refletem uma imagem que não somos, e que tentam apagar ou ofuscar nossos defeitos e qualidades. Quando procurar alguma qualidade em alguém, procure a verdadeira. Aquela que realmente lhe fará falta nos próximos 30 anos. E pelos próximos 50 anos não garanto nada a ninguém.
Por isso, sinta de verdade o abraço. Afinal, nele esta a forma mais primitiva de dizer o quão complexo é o sentimento. Um verdadeiro abraço é a aproximação. O sorriso é a distância que permanece até que se ouça o primeiro "A". O primeiro "A" que é desnecessário no abraço. Silencioso como quem diz: 'Fica aqui!' E puxa com força. Um abraço!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Cara de Família


Hoje, depois de muito tempo, consigo entender o quanto é difícil relacionamentos familiares. Agora, na época natalina, tem-se por costume fingir passar por cima de todos contratempos. O que, na verdade, vai matando ainda mais o espírito natalino. Afinal, em um clima de tensão, as pessoas tentam mostrar que está tudo bem.
Inicio este texto de maneira tão forte para contradizer com o que sinto hoje. Estar perto da família nunca fez tanto sentido para mim. Analisar cada pessoa se torna algo complexo de tão simples, afinal, cada pessoa ali está tão próxima que a gente sabe detalhes sem ao menos fazer uma pergunta sequer.
O mais fascinante da família é quando em detalhes encontramos no mais distante parente, em segundos, o mais próximo confidente. Ou então, naquele em que a convivência era obrigatória, agora se torna prazerosa. É fato, família é algo que de uma hora para outra muda. E que mais rápido ainda faz as pazes.
O que quero dizer é que hoje encontro uma verdade que não via há muito tempo. Hoje vejo uma realidade que até pouco tempo atrás parecia o mais farto dos suplícios. Mas sei também que haverá os dias em que não aguentarei e ficarei com vontade de mandar todo mundo embora. Afinal, família é isso. De minuto em minuto, vemos as mesmas pessoas de todos os dias de formas tão diferentes. Essa é a graça. Esse é o prazer do todo dia.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Espírito de Natal




Mais uma vez me sinto obrigado a escrever sobre o natal. Essa data, aliás, já disse diversas vezes que não me é tão atrativa do por vários fatores. Amigos-secretos então, desses não preciso nem comentar o quanto os acho desnecessários. Contudo, este natal, estou com um sentimento bom: Estou com a certeza que viverei o verdadeiro natal.
Você pode pensar: Ok, lá vem ele com um post sobre igreja. Não estará de todo errado é verdade, mas vai muito além disso. Não estaria errado porque o maior motivo de não me empolgar com a chegada do natal é o fato das pessoas definitivamente terem esquecido por completo o sentido desse dia. Sentimento que carrego de igual forma para a Páscoa.
Mas venho dizer que vivo verdadeiramente o natal com o coração tomado de emoção pelo sorriso infantil que mais marca minha vida. Pela risada boba que se diverte tanto com o carrinho novo quanto com a embalagem amassada que vira bola. Ou o que aprendeu a falar e que agora grita quando me perco no tempo.
Tempo... esse passa... e como num capítulo de novela vejo 3 natais passarem. Tempo esse, que me mostrou que a calma é a melhor forma de ser ativo. E que a altivez, de pouco me valeu. Valeu sim ouvir aqueles gritos pelo meio da rua. Valeu o beijo babado e cretino de quem sabe que vai ganhar presente.
Presente.. na embalagem tinha um presépio, ele nem percebeu afoito pelo brinquedo. Tudo bem, ainda terei muitos brinquedos para explicar o verdadeiro sentido do natal... e quem sabe um dia ele possa me dar só uma alegria... de realmente, entender no fundo daquele pacote, o espírito de natal que tento lhe passar.

O encanto que se quebra toda noite



Toda noite, antes de dormir eu peço a Deus: 'Guarde para mim o que é meu. E me ilumine para ser aquilo que tiver que ser.' No entanto isso, não me exime da culpa de ter que amanhã lutar novamente por tudo que desejo realmente ser. E nesse instante aumento o volume do rádio, viro para o lado e reluto até o sono vir.

Assim, começa uma viagem às mais profundas realidades. Antes de dormir, de fato, componho várias músicas. Fico pensando as histórias que ainda não aconteceram como uma forma de entender as histórias que querem dizer mais. As músicas que fiz nesse período pré-sonoraramente vão para o papel. Vão direto para o silêncio do meu dizer. E ali o encanto se quebra. Pois penso que amanhã terei novamente que lutar pelas mesmas coisas.O forte e grande sonhador se torna no mero espectador da perda de consciência do sono. E por pensar tanto nisso,perco o sono vez que outra.

Para que mesmo que se dorme? Descanso? Não, não. Durmo mesmo para que tenha a certeza que o encanto da guerra acaba a cada noite. E que quando eu acordar com uma mera palavra o encanto renasce. E a luta renasce.Ser forte, de fato e de direito, é uma missão o quanto injusta, pois o que mais preciso é dormir atémais tarde um pouco, para esquecer o quão cruel é a guerra. Paz? Essa guardei para o final. O encanto quebrado toda noite ressurge como um sonho a cada preocupação desfeita. Ou até mesmo sobre cada parte não obtusa de um diálogo mal entendido.

Das canções que faço toda noite, poucas foram para o papel, mas a maioria delas regem o dia seguinte. A paz? Essa guardo para o final como um canto de ação de graças. Não obstante e sem titubeios, faço renascer a cada novo amanhecer o encanto quebrado no sono da noite anterior para que esse me de paz para a próxima batalha.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

As conversas sem fim



Volta e meia acontece um fenômeno incrível. Não importa o local. Pode ser no real ou no virtual. Esqueço do tempo e vejo o quanto é real e espontânea a comunicação que estudei na faculdade de um jeito tão ensaiado. Quando há o que falar, não há tempo. Quando há pouco tempo, o que resta é falar.
Digo-lhes isso com um intuito simples. Comunicar. Afinal, este é um lugar onde faço minha comunicação. A comunicação da parte mais interna que eu posso me expressar. A forma mais clara que consigo. Escrevendo. E escrever sim é algo que valorizo muito. E como bom escritor, desenvolvi incrivelmente a arte de ouvir o que as pessoas escrevem.
O que digo, de verdade, é que valorizo de mais as conversas. Presto atenção incrível no que as pessoas falam. E lembro de tudo que falam. O que muitas vezes acaba me machucando, pois lembro das conversas. As palavras dizem por si só o que sentimos. Há palavras que dizem mais do que posso estar narrando agora.
Conversas... horas e horas... tardes e tardes.. noites e noites... conversas sem fim. O que é bom no final da história. Pois enquanto ouver assunto, haverá conversa. Enquanto eu puder falar, falarei. O quanto puder escutar, escutarei. Seja da boca, quanto das letras. Seja dos olhos, seja do coração. O tempo. Ganho tempo de mais a cada conversa sem fim.

Quando o quero é 'sério?''


Sério? Ouço isso várias vezes ao dia. Não sei se por falta de confiança ou por mero tic nervoso. Sério? Sim, sério. O que quero e o digo são, em sua maioria sério. O que ouves falar aos outros talvez nem tanto. O que quero é o que quero e pronto. Posso nem ter. Mas quero. E isso sim é sério.
Quando vejo que as possibilidades são bem menores do que a realidade, penso no quão óbvio seria ser fácil. Correr atrás de coisas que queremos é a eterna missão de facilitar algo que até então era impossível. E que se não fosse tão sério quanto digo, talvez não valesse um pingo do esforço. O sério é real.
E por falar em sério e querer, vejo nítido o quanto é fato querer, que nem sinto a necessidade instantâneade ter. Querer, por alguns instantes, é quase tão recompensador quanto o ter. Agora não confunda pensando que não quero ter. Quero. E é um direito só meu. O meu querer.
Que o querer sempre faça parte do meu dia-a-dia. Estou sempre querendo mais. Sempre buscando mais. E para a maioria delas descobri o quanto preciso ser sério. Sério? Não, não. Preciso ser correto. Ser reto com meu desejo e com meu querer. E querer, esse sim é sério. Como sério é o silêncio que me faz ouvir o coração.
Não sei ainda o quão sério é o que quero, por isso não me dou o direito de interferir no teu querer também. E não é meu direito querer brincar com o querer de qualquer pessoa. Isso é sério. As pessoas tem de fato um querer. E eu quero, de verdade, que nunca durmás sem o meu boa noite. Quero, e isso é um direito só meu.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Quando a menina descobrir a mulher


Eu sei, eu sei, não é tão fácil quanto parece. Mas saiba, a menina ainda encontrará a mulher. Um dia, numa tarde de sol ou numa noite de inverno a menina encontrará a mulher. Tenho certeza disso. E pode ter essa certeza também. Isso sempre acontece, uma hora ou outra. Outrossim, nesse dia, quero estar bem perto para ver como funciona essa metamorfose.
Daí você deve estar se perguntando? Quem é a menina? Quem é a mulher? Respondo. A menina é aquela que ainda não conseguiu olhar dentro de si. A partir desse momento, conhecerá também a mulher. Temos uma dificuldade incrível de aceitar o que somos. E uma dificuldade maior ainda de aceitar que o tempo passou e que hoje não somos nada daquilo que fomos ontem, afinal, tivemos um ontem inteiro de verdades tentando nos transformar. A hora que parar, morre.
A menina quando descobrir a mulher virá o quanto é mulher. E também descobrirá o quanto ela pode ser moleca a partir daí. Não mais irá querer crianças e sim descobrir o valor que há em ser mulher. Brincará, como uma criança. No meio de um sorriso que descrevo descobrirá o quão valioso é o sentido disso.
As crianças? Ah, não. Essas a mulher mostrará definitivamente qual o seu lugar. Ou cresce ou corre. A menina, essa nunca morre. E a mulher terá maturidade o suficiente para saber que é o seu momento de fazer a criança renascer e ressurgir quando ela por um deslize queira fazer cara de birra.
Espero ansioso o dia que a menina descubra a mulher. Estarei por perto. Olhando. Zelando. Esperando. Será mágico. Ou será que nem estarei ali para olhar. Espero ansioso o dia que a mulher encontre o verdadeiro sentido de ser menina. "Somos o que fazemos para mudar o que fomos" É fato. Concordo plenamente.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O caminho



Acredito que você já fez vários caminhos em sua vida não é? Inclusive, aqueles que não podem se locomover, são levados e trazidos para diversos lugares. Outrora, é óbvio, que não tratarei de vias férreas e tão pouco de estradas de chão. Tratarei de caminhos. Aqueles que a cada dia tomamos em nossa vida.
Os caminhos, em sua maioria, nos dão apenas 2 opções. Ir ou voltar. O problema é que, em sua maioria, não tem volta. A palavra dita não volta para a boca. O tapa dado não volta para as digitais. O caminho escolhido não volta sem que marcas fiquem. Isso é fato. Por isso pergunto: E que caminho escolhes?
Há quem diga, obviamente, que devemos seguir e pronto. Há também aqueles que não percebem o caminho e quando se dão conta não lembram por onde vieram para conseguir voltar. Por sorte ou por pura incompetência todas vezes que quis me perder, sempre soube o caminho de volta. Mas como eu disse, ele sempre trouxe muita coisa junto.
Hoje busco respostas para caminhos que busco tomar. Caminhos que não dependem só de mim, é verdade, dependem da compreensão do que é maior do que o instante em que vivia antes. O caminho é, na verdade, a relação direta entre o que eu quero dizer, o que eu posso dizer e o que nunca deveria ter dito.
Não digo e hei de dizer uma hora dessas. Intolerante assim. (???) Afinal, todas as vezes que fui nesse meu caminho trouxe marcas. Boas e ruins. E agora quero saber como faço para que esse caminho se torne rumo. E esse rumo se torne trajeto. De vida mesmo. De um jeito que eu nunca imaginei que eu pudesse ser. Um passo de cada vez. Que caminho escolhes? Seria fácil responder se não fosse tão parte de mim querer ver o final da história. Mas estou aprendendo. É simples. Sigo o meu. E que quem sabe haja uma esquina qualquer.. como diria Antônio Villeroy.

Pequeño regalo para un sentimiento



Com uma coisa não posso mais não concordar. Nunca mais. Deus existe mesmo. Assim como existe o amor eterno. O amor fraterno. O amor sincero. Digo isso baseado no meu futuro. Digo isso, inspirado no meu passado. Digo isso porque meu presente consegue viver sóbrio do meu passado e focado no meu futuro.
Talvez não pensaria nisso há um ano, quando numa quarta-feira, 10,/12, tinha minha última aula pra valer da faculdade. De lá p'ra cá muita coisa mudou. Muita mesmo. Do geográfico ao físico. Do laboral ao sentimental. O sentimental. Deste falo hoje. Deste não me canso de falar. Desde que eu esteja comigo mesmo.
De dezembro a dezembro, me perdi muito e perdi muito. De dezembro a dezembro, tive tempo também para me encontrar comigo. Nesse ano, tive tempo de amar. E tive tempo de subverter esse sentimento. Hoje, tenho tempo de descobrir o que ele quer dizer de verdade, quando nesse regalo falo o quanto estou feliz.
Sim. Acredite. Estou feliz sim. Pois descubro que o tempo realmente não para. Pois descubro que por mais que não faça parte dos seus planos para o futuro, estou feliz por estares feliz com os teus projetos para o futuro. Estou feliz por ver que meu futuro segue de igual maneira feliz. 'Eu só quero te ver feliz' deixou de ser expressão do último beijo para se tornar alegria de um nascer novo.
Ainda sábado passei pelo teu futuro e pensei: Seria meu? Seria de verdade? Talvez fosse. Talvez não. Confesso-te, como eu estava não via futuro nem para mim. Agora, consigo ver meu futuro através do meu presente. Confesso-te que, mesmo de pleno acordo, no início não tenha sido tão fácil assim.
Nesse regalo te desejo ainda tudo de bom na vida. Que saibas que o fato de escrever ou não coisas bonitas não teve nada a ver contigo. Não estava me encontrando comigo. Estava literalmente perdido. Serás sempre uma boa inspiração. Afinal, pessoas que amamos, amaremos para sempre. E assim é.
O amor... hoje de forma mais fraterna que qualquer outra forma, sorri. Sorri com a certeza que o melhor está acontecendo para ti. Assim como aconteceu para mim. Aconteceu quando me encontrei. Quando fui buscar no fundo do meu ser a certeza daquilo que eu era. O amor, hoje fraterno, diz nesse pequeno regalo: Seja feliz. Estou feliz por te ver sorrir novamente.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Apenas 1?




Não é nada do que parece ser. O tempo, o sol, a tarde ensolarada e o ar condicionado businando em meus ouvidos. A banda de rock que antes era até católica. Nada é o que não pode parecer. E de vez enquanto faço até questão de desaparecer. Como? As respostas eméritas que insisto em não dar. Parece que não é nada, o que eu eu quero é ser.
Quando se fala da vida de cada um, é um infinito muito longínguo para deixar passar desapercebido qualquer possibilidade do dia que bate no rosto.É sim a vida de cada um. É o sonho e o ponto de partida. A partilha de quem parte para um ponto inf
inito. A partilha de quem quer a vida dividida. A divisão de uma vida que nunca foi tão bem partilhada. E ainda diz: "1 só"?
É o eterno brincar de não saber o que todo mundo sabe. É o fugir do agora que todo mundo quer deixar para depois. É a cobrança que não faço, e que nem sei se vou fazer. É a pergunta que não faço, e nem sei se não quero perguntar. Querer bem que eu queria, mas seria mesmo esse o caminho? O caminho. Ardido e espinhoso. O caminho que mostra que sempre há um final.
Se tiver que tirar uma coisa boa de tudo isso, fica o fato de estar novamente sorrindo. Não o falso sorriso tremulante da água refletida como um espelho. O sorriso verdadeiro. O voltar a sorrir daquele que nunca teve motivos para não sorrir. O novo velho moço que ouve Roberto Carlos. Se tiver que tirar uma coisa boa disso, é que nunca houve cobrança.
Apenas Uma? O véu que se despe é muito ma
ior do que o véu que vestia. Já me disseram que sou claro e profundo como água em um poço. E agora, dentre todas que consigo contar, a que mais me marca é a simples sensação de preferir ouvir o coração às palavras, e de me fazer ouvir também. Uma só? É muito mais do que eu possa falar. Outra hora respondo! Um só?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Antes o Marcelo, depois o xalassa


Pare e pense um instante por favor. Você nasceu. Seus pais, ditatorialmente lhe dão um nome. O que é mais engraçado, é que a maioria nem espera sair do hospital para colocar um famigerado apelido. Apelido o qual, ninguém nunca mais te chamará nos próximos 125 anos, exceto claro aquela sua tia-avó que eternamente o fará passar vergonha.
Digo tudo isso para contar-lhes uma situação que sempre acontece comigo. Praticamente não sei mais ser de outra forma. Outrora antes, tenho que explicar que xalassa, por si só, já deixou de ser apenas um apelido para mim, passou a ser um estilo de vida. A fase xalassa nua e crua, já passou, agora do xalassa resta muito o espírito.
Esta semana, iniciando uma fase nova em minha vida, mais uma vez esse fato aconteceu. Antes, vai o Marcelo. O Marcelo sim, cara sério, jornalista, que gosta de Los Hermanos e Coldplay. O Marcelo, inclusive, é considerados por muitos um cara quieto, envergonhado. O que ninguém sabe, porém, é que o Marcelo é grande observador.
As observações do Marcelo é que fazem o xalassa vir depois. O xalassa é este que você conhece. Não sei ainda se sou capaz de fazer uma análise tão sintomática do xalassa. Afinal, este mesmo ja me fez passar por outros momentos o qual não quero voltar. Porém, o xalassa é o mesmo que me faz viver coisas incríveis na vida.
Ando vivendo muito o Marcelo. O xalassa já teria estourado tudo. Falado. Gritado. E digo: estou muito feliz com o meu momento Marcelo. Ao xalassa, que apareça sempre na hora certa. Que apareça para o bem. E que o Marcelo não atrapalhe também não coloque tantos impecilhos na vida. Mais que palavras, são sentimentos. Sentimentos de alguém que busca se conhecer constantemente. E você, se conhece?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Os ventos do norte


Você sabe de onde vim? Provavelmente não sabe nem onde quero chegar. Quase nômade, acho que já passei por mais lugares do que muita gene aqui possa imaginar. Depois de tanto tempo, sentado na pracinha na frente de casa, sinto o vento norte. Deitado na praia, tocando um violão, ouço o som das ondas. Fecho os olhos e esqueço, acabo lembrando do vento do norte.
De onde vim? Parece que por vezes a gente brinca de ser dono do tempo. E o tempo não brinca. Impiedoso. E o dono do tempo normalmente nos mostra que aquele que se pergunta de mais de onde viemos. acaba esquecendo para onde ir. Esquecer e lembrar, de fato, são fenômenos que só o tempo poderá explicar.
Vim? O que estou fazendo agora, nada mais é que entregar-me ao tempo e a paciência necessária de quem insiste em relutar contra o tempo. Vir ou ir, é meramente vetorial. Aquele que acredita que o ir passa além do agora, acaba perdendo noites de sono para descobrir que realmente não irá a lugar nenhum sem que o tempo passe.
Você ainda quer saber de onde o vim? Os ventos do norte poderiam até explicar o fato da cara de bobo. Os ventos do norte, óbvio, nem sabem que o norte é norte. A bússula quebrada que insiste em não querer ser consertada. A bússula que não percebe. O vento. O norte. O som que a beira da praia não me deixa esquecer.

Espaço para escrever



Aqui lanço mais um espaço para escrever. Sim. Estou trabalhando escrevendo o dia inteiro. Aqui, porém, escreverei com o corpo, alma, coração, além, óbvio, daquela maldita mania de não conseguir parar um segundo. Hoje, 1 de dezembro, inicio um novo processo em minha vida. Processo que já vem iniciado há muito tempo.
Aqui também, lembrarei o quanto gosto de escrever, e o quanto isso me faz bem. O quanto escrever e mostrar-me para quem quiser ler... quem quiser ver.. e quem quiser insistir em criticar. Não sou santo mas bem que queria ser. Não sou Deus mas bem que tentei ser. Não deu. AprendEi apanhando isso.
Por isso, aprendi a ouvir as criticas como impulso. Aprendi a tirar de quem me critica o melhor. Ou o pior. Há uma Madre Teresa e um Judas dentro de nós. Uma hora ou outra um deles aparecerá. Há um Pelé e um Chico Anisio dentro de cada um de nós, uma hora um deles fará a piada numa hora errada.
Aqui escrevo, enquanto a tarde cai. Uns tomam mate, outros jogam bola e há aqueles que ainda estão trabalhando. Eu escrevo. Das 8 às 18:30. Da hora que acordo à hora que durmo. Sou um escritor. De fato e de tempo. De diploma e de coração. Escrevo porque me faz bem. Escrevo sobre o que sinto. Escrevo... escrevo.. escrevo... e às vezes queria falar o que o coração sente. Falo, falo, falo, mas por vezes gostaria de escrever. O coração. Razão pela qual escrevo. Bem vindos!