
Toda noite, antes de dormir eu peço a Deus: 'Guarde para mim o que é meu. E me ilumine para ser aquilo que tiver que ser.' No entanto isso, não me exime da culpa de ter que amanhã lutar novamente por tudo que desejo realmente ser. E nesse instante aumento o volume do rádio, viro para o lado e reluto até o sono vir.
Para que mesmo que se dorme? Descanso? Não, não. Durmo mesmo para que tenha a certeza que o encanto da guerra acaba a cada noite. E que quando eu acordar com uma mera palavra o encanto renasce. E a luta renasce.Ser forte, de fato e de direito, é uma missão o quanto injusta, pois o que mais preciso é dormir atémais tarde um pouco, para esquecer o quão cruel é a guerra. Paz? Essa guardei para o final. O encanto quebrado toda noite ressurge como um sonho a cada preocupação desfeita. Ou até mesmo sobre cada parte não obtusa de um diálogo mal entendido.
Das canções que faço toda noite, poucas foram para o papel, mas a maioria delas regem o dia seguinte. A paz? Essa guardo para o final como um canto de ação de graças. Não obstante e sem titubeios, faço renascer a cada novo amanhecer o encanto quebrado no sono da noite anterior para que esse me de paz para a próxima batalha.
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